Gestão da Emoção
A nossa saúde depende de como cuidamos das nossas emoções
“A sociedade está adoecendo e metade da população vai sofrer transtornos psiquiátricos de alguma ordem”, foi assim que o Dr. Augusto Cury, psiquiatra, professor e estudioso da mente humana, começou sua palestra no último dia 24.
Confesso que realmente fiquei espantada em imaginar que a cada duas pessoas, uma irá ter algum sofrimento de ordem psíquica, e não estamos só falando de ansiedade e depressão, entram nessas estatísticas diversos outros distúrbios, que segundo o professor, vem sendo causados pela falta de gerenciamento das emoções.
As estéticas apontam que como consequência do não gerenciamento do estresse pode sim levar o ser humano a desenvolver diversas doenças, entre elas o câncer aparece disparado com o espantoso índice de 1 caso de câncer para 4 pessoas, sendo que nos anos 70 a média era 1 para cada 20 pessoas.
Por conta disso, Cury faz um apelo a nível internacional a cerca da educação infantil, ele afirma ser de extrema importância a mudança na maneira como se educam as crianças e ele não está falando sobre ensinar a passar no vestibular e sim em como as crianças estão sendo tratadas pelos adultos, na capacidade que estamos tendo de ensinar os pequenos sobre as próprias emoções, sobre como acolhemos aos pequenos e o quão empáticos somos com as crianças e todos os seus processos. Porque acreditem ou não, o adulto que somos hoje é totalmente reflexo da criança que fomos. Esse alerta vem como um apelo a conscientização do que é que estamos fazendo com as crianças, pois elas tem sofrido grande impacto emocional, principalmente nessa era da informação que vivemos hoje.
Outro fator que me impressionou foi a correlação que ele faz entre a saúde mental e a saúde física, aliás isso é algo que já experienciei na prática, principalmente no meu processo de emagrecimento. Hoje posso dizer que, sem cuidar das emoções não se consegue cuidar do corpo.
Inclusive ele trouxe outro dado super importante e que vejo como pertinente ao meu trabalho: somente, eu disse, SOMENTE 3% das mulheres no mundo se dizem satisfeitas com sua aparência física. Esse é um número ínfimo e realmente preocupante que nos mostra que a maioria das mulheres do globo terrestre, pode em algum momento de sua vida ter se sentido descontente com seu corpo. Um dos motivos para isso, já estamos cansadas de saber, é a exposição da vida e do corpo perfeito que as redes sociais trouxeram. E isso não atinge somente jovens e adolescente, é sabido que hoje, até mesmo as mulheres maduras tomam como referencial de beleza jovens modelos na faixa etária de 15 a 20 anos, o que torna ainda mais grave esse descontentamento com o corpo.
A síndrome PIB (Padrão Inalcançável de Beleza) pode surgi como resultado dessa ansiedade em atingir um padrão de corpo muitas vezes irreal. Os principais sintomas dessa síndrome são o descontentamento compulsivo com o corpo e aparência, baixa autoestima e autoimagem distorcida. Infelizmente quem sofre com essa síndrome pode vir a desenvolver como consequência da ausência de tratamento, anorexia, bulimia e também a vigorexia.
Segundo Dr Cury, todos esses distúrbios podem ser evitados quando construimos um EU agente e que está no comando, e isso é possível de acontecer quando aprendemos a gerir nossas emoções.
Conforme ele nos disse, quando recebemos uma informação, os primeiros 3 segundos são reflexo do nosso inconsciente, mas depois disso é total consciência e responsabilidade nossa.
Então ele nos passou um exercício simples de tudo que consiste em sempre que algo acontecer a gente parar e respirar frente a situação, para que a nossa consciência possa agir, para que a tomada de decisão seja mais coerente, para que não usemos da agressividade e da frustração como resposta, pois isso pode virar uma avalanche de sentimentos ruins, tanto para nós quanto para aqueles que estão ao nosso redor.
Ficou claro para mim, durante toda a palestra, que muito das nossas reações agressivas tem a ver com as nossas experiências frustradas, infelizmente a gente nunca irá conseguir mudar um fato desagradável que ocorreu em nossa vida, mas podemos através do auto conhecimento reprogramar nossos sentimentos frente as situações desagradáveis.
Essa vertente de pensamento me faz lembrar a célebre frase de Sartre que audaciosamente reescrevo: “Não importa o que fizeram com você, mas sim o que você faz a partir daquilo que fizeram com você”.
É preciso olhar com mais amor para nós mesmos, entendendo nossos medos, nossas fraquezas, nossos pontos falhos, pois só quando reconhecemos essas questões é que conseguimos mudá-las. Para nos tornamos mais fortes é preciso tocar nossa vulnerabilidade, não ter medo de tocar o próprio caos e falar sobre o que sente. De modo geral o gerenciamento das emoções consiste em você questionar e criticar seus pensamentos negativos e as situações desagradáveis que se apresentam em sua vida.
Se liga nessas dicas
Agora tenho duas dicas para dar, se você mulher está incomodada com a aparência leia o livro Ditadura da Beleza e a Revolução das Mulheres do Dr. Augusto Cury
E se está com dificuldade de gerir as emoções participe do programa voluntário Você é Insubstituível para a prevenção de transtornos emocionais, é só clicar https://www.voceeinsubstituivel.com.br/video1